Os números e o seu conceito e a importância dos jogos em sala de aula.
Segundo KAMII (1990), “O objetivo de ensinar o número é o da construção que a criança faz da estrutura mental do número”. O professor deve priorizar o ato de encorajar a criança a pensar autonomamente em todos os tipos de situação. A criança não constrói o número fora do seu contexto geral ou do seu pensamento no dia-a-dia. Portanto, para as crianças pequenas não existe distinção entre trabalho e jogo. Cabe ao professor buscar formas de ensinar que maximizem os pontos comuns existentes entre essas duas atividades, trazendo-os para o contexto escolar para serem realizados em grupos.Entre outras questões, a autora Kamii, salienta que os jogos podem substituir atividades enfadonhas como folhas de intermináveis “contas” que acabam sendo bastante repetitivas, uma vez que basta aplicar. Entre outras questões, a autora Kamii, salienta que os jogos podem substituir atividades enfadonhas como folhas de intermináveis “contas” que acabam sendo bastante repetitivas, uma vez que basta aplicar uma técnica específica para resolvê-las.Quando jogam, as crianças devem realizar cálculos mentais e eles não são aleatórios nem desvinculados de um contexto maior.
Há um objetivo para se realizar tais cálculos, objetivo este que nas folhas de intermináveis, cálculos não passam do mero treino dos algoritmos convencionais (apud: Ana Ruth).
No processo de ensino e aprendizagem a função do professor se faz de suma importância no que se refere ao aluno como sujeito em busca do conhecimento. A ação de aprender faz parte da realidade cotidiana do professor e para ensinar alguém é preciso que este alguém tenha em si a vontade de aprender, vontade essa que é individual apesar da aprendizagem ser um processo interativo com o meio social.
E na matemática podemos trabalhar com base no reconhecimento das características, existente tanto interna como externas, desenvolvendo o raciocínio de varias maneiras como ex: temos o jogo, que oferece variadas situações para o desenvolvimento do raciocínio lógicos dos educandos.Na pesquisa segundo o embasamento teórico dos autores Jean Piaget e Kamii Constance, o jogo no ensino da matemática tem finalidade de contribuir no conhecimento ampliando o raciocínio da criança este faz com que a interação dos mesmos aconteça enriquecendo a atividade principalmente um trabalho que é realizado em grupo, respeitando o limite de regras do grupo. Desde pequenas as crianças vivem em constante contato com a matemática.
Porque na verdade tudo que se relaciona a número é o que se trabalha no dia a dia ex: a troca, venda, compra. Assim é a maneira de se ensinar e aprender matemática de forma prazerosa e significativa na Educação Infantil. Portanto cabe ao educador explorar a criatividade do jogo na definição dos conteúdos e suas habilidades. Segundo Piaget o jogo faz parte do lúdico e que através do lúdico a criança aprende brincando isto quer dizer que não devemos ensinar matemática para criança forçando a aprender, mas brincando também se aprende. Para a ludicidade e aprendizagem não podem ser considerados como objetivos distintos, pois faz parte da realidade do educar.
Para Piaget o conhecimento acontece com base nas interações, pois a partir do momento que a criança interage, mas deve haver um embasamento teórico proposto pelo professor como uma produtividade de trabalho lançando desafios para que o aluno encontre suas respostas.
A importância do cálculo mental para a construção do conceito de número.
A importância de se ter uma certa habilidade com o cálculo mental é necessária para uma significativa compreensão dos números e suas propriedades, para o estabelecimento de estimativas, para o uso prático em atividades cotidianas e também contribui na aprendizagem de conceitos matemáticos como relações, operações, álgebra, etc...Cada situação de cálculo mental se coloca como um problema, que para ser solucionado exige que o sujeito utilize procedimentos originais, construídos por ele próprio, a fim de chegar ao resultado. Geralmente esses procedimentos de cálculo mental são bem diferentes dos métodos de cálculo aprendidos na aritmética escolar.
No entanto, é visto como um grande desafio aos professores, propor situações problema onde estratégias de cálculo mental sejam postas em prática. Pesquisas mostram que a habilidade para o cálculo mental, em situações escolares, é construída a partir da resolução de uma série de situações problema, através da interação aluno-colega e aluno-professor.
Pode ser uma solução para os professores apresentar jogos matemáticos aos alunos, pois neste, o aluno busca no seu raciocínio respostas para o jogo. Parra aponta quatro razões para a inclusão de cálculo mental nas escolas, são elas:
1. Os conceitos e habilidades aprendidos a partir de estratégias de cálculo mental influem positivamente na capacidade de resolver problemas.
2. O cálculo numérico aumenta o conhecimento do aluno sobre o campo numérico.
3. O cálculo mental habilita a construção do conhecimento.
4. O cálculo mental deve ser acompanhado de um aumento progressivo do cálculo mecânico.
O cálculo mental não é tão valorizado dentro do ambiente escolar como deveria ser em se tratando do raciocínio lógico - matemático as propriedades e as ações matemáticas devem serem incentivadas nas series iniciais que irão contribuir e entender de como trabalhar de maneira mais eficiente e prazerosa com a criança despertando o gosto pela matemática.
Na atual realidade, escolas e educadores dos primeiros anos do Ensino Fundamental não estão tão preocupados quanto à importância ao cálculo mental, privando seus educandos de necessidade da inclusão do cálculo mental na escola básica. Certamente, o trabalho com o cálculo mental apresentará mais resultados positivos se incorporado ao planejamento dos professores desde o início do ano letivo. Porque ele estimula na construção do conhecimento. E problemas matemáticos devem ser resolvidos através do calculo mental. Fazer este tipo de cálculo não quer dizer que não pode fazer uso do lápis, papel podem ser usados sim desde que o raciocínio da criança seja estimulado a pensar que podará resolver e montar da forma que entenda e compreenda os cálculos quer dizer que cálculo mental é calcular sem o uso da calculadora.
Piaget estabelece que por parte da criança é preciso que haja compreensão estabelecendo a relação de quantidade de número e elemento como exemplo ele cita o número 8 que é o elemento e o número, e a forma como a criança vai relacionar esta fórmula.
Conclusão, da análise dos dados levantados pela aplicação da proposta de intervenção, que a inclusão do cálculo mental na escola é possível e necessária. E que faz parte do projeto pedagógico do educador a responsabilidade com a qualidade do ensino da matemática e que esta esteja relacionada diretamente com a construção significativa de conhecimentos, por isso a importância da abordagem do cálculo mental na escola como mais uma modalidade de ensino além da forma escrita e daquela em que se utilizam ferramentas eletrônicas, tais como a calculadora.
O cálculo mental desenvolve vê-se gradualmente ao longo da escolaridade e através da diversidade de experiências vividas.